quarta-feira, 8 de abril de 2015

Ministro da Saúde quer afastar médicos pedófilos

por Lusa
Paulo Macedo manifesta apoio à revisão dos estatutos da Ordem dos Médicos. "É totalmente indesejável" que médicos condenados por pedofilia continuem a exercer com crianças.
O ministro da saúde considerou hoje "totalmente indesejável" que situações de médicos que são condenados por pedofilia continuem a exercer com crianças e manifestou o seu apoio à revisão dos estatutos da Ordem dos Médicos para afastar estes profissionais.
Falando aos jornalistas no final das comemorações do Dia Mundial da Saúde, Paulo Macedo reagia assim à posição do Conselho Nacional de Ética e Deontologia Médicas (CNEDM) daOrdem dos Médicos que propõe que, através da revisão do Estatuto Disciplinar dos Médicos, se possa permitir, expressamente, a punição do crime de pedofilia, com a pena de suspensão de quaisquer atividades médicas relacionadas com menores durante o período nunca inferior a 23 anos(tempo de registo na respetiva informação criminal, conforme decorre da Lei 113/2009).
O ministro sublinhou que esta situação é do conhecimento público há vários anos e exemplificou com o caso de "um médico que foi condenado e que não tinha sido ainda expulso pela Ordem dos Médicos".
"O que entendemos é que estes processos têm que ser mais rápidos", sublinhou Paulo Macedo, considerando que não vale a pena um caso ser detetado e depois decorrerem "seguramente mais de dez anos, entre os factos terem sido apurados e as ações que foram desencadeadas", como aconteceu no caso apontado pelo ministro.
Por considerar que é preciso "agir sobre o tempo" e "corrigir os estatutos da ordem", o Ministério da Saúde afirma-se disponível para apoiar ações que permitam à Ordem dos Médicos intervir nestas situações.


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